terça-feira, 17 de abril de 2012

Subnutrição, o outro lado da moeda

     Acredito que uma boa forma de começar essa matéria é definindo alguns conceitos.
     Muitos entendem a subnutrição como fome e são, automaticamente, remetidos à imagem de pessoas em estado esquelético, porém, a subnutrição não acontece apenas àqueles que passam fome.
     A fome pode ser definida como fome aguda ou fome crônica. A fome aguda é aquela caracterizada pela urgência de se alimentar ou por um grande apetite, o que presenciamos quando pulamos uma refeição, por exemplo. Quando ficamos um longo tempo sem nos alimentarmos o corpo protesta enviando sinais como tontura, dor de estômago, dor de cabeça, fraqueza e mal estar. Já a fome crônica sim, é aquela citada no início desta matéria, ela acontece quando a alimentação diária e habitual de uma pessoa não é suficiente para suprir as necessidades mais básicas do organismo e, em casos extremos e contínuos, pode levar à morte.
     A desnutrição é a consequência mais aparente da fome. Ao não alimentar-se adequadamente o indivíduo coloca seu corpo em estado de desnutrição, quando os alimentos ingeridos não suprem as necessidades diárias de micronutrientes essenciais.
     A desnutrição é dividida em três estágios: leve, moderada e grave. As consequências da desnutrição variam de sequelas menos graves - como baixa estatura - a sequelas graves e permanentes - como dificuldades de aprendizagem e concentração.

A Subnutrição


   Já a subnutrição é o estágio leve de desnutrição e, por ser a forma mais amena de fome, muitas vezes é subestimada. Um dos grandes riscos em pessoas subnutridas é a maior susceptibilidade às doenças infecto contagiosas, tendo e vista que seu sistema imunológico não encontra-se fortalecido para o combate aos diferentes vírus e bactérias aos quais estamos expostos diariamente.
   Uma pessoa pode estar subnutrida sem nem ao menos saber, por achar que alimenta-se adequadamente.
   Ao ingerir alimentos com baixo valor nutricional a pessoa sacia a fome, mas não fornece ao organismo elementos essenciais, como vitaminas e sais minerais.
   A atual "cultura da falta de tempo" faz com que, cada vez mais, as pessoas recorram a lanches rápidos e a chamada junkfood.
   A junkfood, em tradução literal "comida lixo", é o que chamamos, no popular de "porcaria" ou "besteira". Esse tipo de alimento contém, frequentemente, altos níveis de gordura saturada, sal ou açúcar sendo, ao mesmo tempo, carente em proteínas, vitaminas e fibras dietéticas.

   Uma crítica já apresentada ao junkfood é o filme Super Size Me - A Dieta do Palhaço, de Morgan Spurlock, em que o diretor alimenta-se durante 30 dias, exclusivamente, de um tipo de junkfood, relatando e monitorando os males provocados à sua saúde.



   Comprovamos, então que não é necessário apenas alimentar-se, mas alimentar-se bem.
 
Fontes de consulta:

http://www.bancodealimentos.org.br/fome-desnutricao-subnutricao
http://www.desnutricao.org.br
http://www.brasilescola.com/doencas/subnutricao.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Junk_food
http://pt.wikipedia.org/wiki/Super_Size_Me

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Entrevista

Realizada em 13 de abril de 2012, com Rosana Figueiredo
Por Lorena Beekhuizen
 
 
Perfil da entrevistada:
 
Rosana Figueiredo, nutricionista, responsável pela gestão, supervisão e produção do refeitório da Cervejaria Petrópolis, onde serve aproximadamente 650 refeições diárias. Atua na área há mais de 20 anos, acumulando vasta experiência ligada à elaboração de refeições destinadas ao cumprimento de objetivos distintos na área de nutrição, tem desenvolvido seu trabalho, durante esse período, em grandes empresas, SPAS entre outros.


Iniciando nossa entrevista gostaria que nos falasse, um pouco, sobre quais são as preocupações com a alimentação que a empresa, em que trabalha atualmente, tem, e as suas como nutricionista da mesma.
Tanto a empresa, quanto eu, nos preocupamos em oferecer uma alimentação saudável e de qualidade, seguindo todas as normas sanitárias, os critérios higiênicos e buscando a satisfação dos nossos clientes.
Em relação à composição do cardápio, gostaríamos de saber se existe, por parte da empresa, a consciência dos benefícios que poderá usufruir, caso busque oferecer aos seus funcionários uma alimentação balanceada e saudável. E se a mesma tem uma política específica para alimentação.
Acredito que sim, pois a empresa além do cardápio normal, que já é balanceado, oferece outra opção de cardápio mais ligth, que nomeiam como “Bem estar”. Nele, sempre é oferecido uma carne grelhada, arroz integral e vegetais refogados.
Você concorda que uma alimentação saudável fornecida pela empresa, reflete positivamente no funcionamento da mesma?
Com certeza, pois aumentará a produtividade dos funcionários, que terão mais disposição para o trabalho, e também diminuirá o número de faltas, devido aos benefícios que terão em sua saúde.
O que considera como sendo uma alimentação saudável?
Uma alimentação saudável é aquela que contém todos os nutrientes: proteínas, carboidratos, gordura, vitaminas e sais minerais; preconizando gorduras de origem vegetal, carboidratos complexos, fibras, e proteínas de alto valor biológico. Além disso, é importante que haja a ingestão de pelo menos 2,5l de água diariamente.
Durante todos esses anos que vem atuando na área, você percebeu mudanças a respeito da conscientização das empresas, e principalmente dos indivíduos, sobre a necessidade da criação de um bom hábito alimentar?
Sim, há alguns anos atrás poucos escutava-se falar sobre a criação de um hábito alimentar saudável. Atualmente a mídia tem focado bastante nesse assunto, e a facilidade de acesso que temos aos meios de comunicação, vem ajudando bastante na conscientização das pessoas para esse aspecto. Estamos sempre recebendo informações sobre várias pesquisas, e elas nos mostram que a alimentação tem sido uma aliada na prevenção e tratamento de várias doenças: obesidade, infarto, derrame, diabetes, câncer, consideradas as doenças que mais matam no mundo.
Essa nova visão sobre a importância da manutenção de uma dieta saudável vem transformando os hábitos alimentares dos brasileiros? Em que proporções?
Sim, devido à facilidade de acesso aos meios de comunicação os brasileiros estão mais bem informados sobre esse assunto, e com isso, vêm transformando os seus hábitos alimentares.
Quais os prejuízos que a falta de uma alimentação saudável podem causar?
O consumo insuficiente ou excessivo de alimentos pode levar a desnutrição ou ao aumento de peso, além de provocar o surgimento de várias doenças, como citei acima: diabetes, problemas de coração, cancêr, hipertensão entre outras.
Podemos considerar como uma das grandes dificuldades para a implementação de uma alimentação saudável o cotidiano atribulado e a correria do dia a dia?
Sim, devido ao estresse que adquirimos com toda essa correria.
Então, como as pessoas podem conciliar uma boa alimentação com essa correria característica da atualidade, já que nem todas usufruem de refeições fornecidas pelas empresas em que trabalham?
Através da orientação de um profissional nutricionista, que poderá adequar uma dieta saudável, a rotina de trabalho de cada indivíduo.
O estresse também pode ser um obstáculo, para a adoção de uma dieta alimentar saudável? Você acha que ele deixa as pessoas mais vulneráveis às tentações e delícias alimentares, que costumam ser nociva a nossa saúde?
Sim, o estresse atrapalha todo o processo do indivíduo, levando-o a não alimentar-se bem e assim deixando seu organismo debilitado e pré-disposto a várias doenças.
Que danos os agrotóxicos podem causar a nossa saúde?
Podem causar várias doenças como o câncer, por exemplo.
Como podemos ter uma alimentação saudável em tempos de agrotóxicos?
Dando preferência aos alimentos orgânicos.
Para fugir dos agrotóxicos o povo brasileiro pode optar por alimentos orgânicos, mas isso é possível à realidade brasileira, ou é utopia?
Sim, é possível através do cultivo de hortaliças e algumas frutas em suas residências, que podem ser cultivadas em pequenos espaços, como por exemplo, em cantoneiras.
É mito, ou verdade, que devemos nos alimentar de três em 3 horas? Na realidade quantas vezes devemos comer por dia? E o quê comer em cada momento?
É verdade, a alimentação tem que ser fracionada e quanto mais você fracionar a sua dieta, mais estará contribuindo para acelerar o seu metabolismo, claro que deverá ingerir uma quantidade de alimentos controlada e balanceada em cada refeição. O ideaal é que façamos em torno de seis refeições diárias, divididas em: desjejum, colação, almoço, lanche, jantar e ceia.
Você poderia nos dá algumas dicas para a criação de um bom hábito alimentar?
Claro, aí vai: aumentem o consumo de frutas; verduras e legumes, comam devagar e mastiguem bem os alimentos; consumam carnes magras; dêem preferência aos óleos vegetais, moderem no consumo de condimentos; evitem o consumo de açúcares simples; estabeleçam horário para as refeições, buscando fazer em torno de seis refeições diárias.

domingo, 15 de abril de 2012

Segundo o médico endocrinologista, Dr.Luis Fernando Correia, comer mal é mais barato"

O telejornal Bom Dia Rio, da Rede Globo, fez uma série de entrevistas abordando o tema SAÚDE NAS ESCOLAS. Em uma dessas entrevistas, realizadas com o médico endocrinologista Dr. Luis Fernando Correia e a professora Dra.   Andrea Ramal, falaram sobre a obesidade infantil e como as ações integradas entre escola e família podem minimizar este problema. O que mais me chamou a atenção na entrevista, provocando minhas reflexões, foi quando o Dr.Luis Fernando falou que a obesidade já é considerada uma epidemia mundial e que "comer mal é mais barato". Realmente comer mal é mais barato, ainda mais para as crianças. Basta consultar os preços daqueles petiscos inflamáveis, cheios de corantes, que não custam mais que R$ 1,50 e as latinhas de refrigerante a R$ 1,00. 
Na entrevista eles apresentam dados da pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE - no censo realizado em 2009, que apresenta o aumento da obesidade infantil. 

Vejam na íntegra a entrevista, acessando o link abaixo:

http://globotv.globo.com/rede-globo/bom-dia-rio/v/dr-luis-fernando-correia-e-andrea-ramal-falam-sobre-saude-nas-escolas/1898113/

sábado, 14 de abril de 2012

Alimentação saudável começa na infância
Emília e a turma do Sítio

 

        As pessoas conhecem os benefícios de uma alimentação equilibrada e saudável, sabemos que devemos evitar excesso de sal, gordura saturada e açúcares, porém na prática muitas pessoas se rendem a estes males e podem sofrer consequências graves.
           Um fato da vida familiar é o aprendizado das crianças em relação à alimentação, ao conviverem com pais que não se preocupam com o que comem, influenciam negativamante e prejudicam a  saúde dos próprios filhos. Há casos de mães, algumas adolescentes, que preparam macarrão instantâneo para seus bebês , assim que eles deixam de mamar no peito, por ser mais rápido, sem perceberem que não são nutritivos e que na verdade não estão alimentando seus filhos e sim facilitando que se tornem crianças obesas.  
          O Governo Federal lançou uma revista em quadrinhos no ano de 2005, Emília e a Turma do Sítio, que foi distribuídas para as escolas, onde influencia uma alimentação saudável de forma lúdica e prazerosa na tentativa de atingir um público que está em formação e que pode também ser responsável pelas escolhas, diminuindo os doces e optando por uma fruta. 
        O cardápio das escolas deve ser orientado por uma nutricionista e este tema deve fazer parte dos assuntos tratados nas salas de aula.

imagem retirada so site: guiadosquadrinhos.com
postado por: Ana Paula Luiz